sábado, 8 de setembro de 2012

Poema

São meus estes rios

São meus estes rios 
que buscam caminho
rastejando entre luar e silêncio,
sombra e madrugada,
até ao meu fim marítimo.

A minha alma está neles,
líquida e sonora
como a àgua entre quissange das pedras,
o anoitecer nas fontes.

Tenho rios vermelhos e quentes
na minha dimensão física,
rios remotos, remotos como eu.

Manuel Lima (Angola)

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