sábado, 3 de março de 2012

Poemas

EPIGRAMA

Levando um velho avarento
Uma pedrada num olho,
Pôs-se-lhe no mesmo instante 
Tamanho como um repolho.

Certo doutor, não das dúzias
Mas sim um médico perfeito,
Dez moedas lhe pediu
Para o livrar do defeito.

Dez moedas! (diz o avarento)
Meu sangue não desperdiço:
Dez moedas por um olho!
O outro dou eu por isso.


Bocage- Portugal                                

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